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STJ decide nesta quarta sobre denúncia de corrupção contra Wilson Lima

O processo é refente à suspeita de desvio de recursos na pandemia. A defesa de Wilson Lima negou irregularidades.

Wilson Lima
(Foto: Foto Alex Pazuello/Secom)

Clique Notícias Brasil (CNB) – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisará nesta quarta-feira (5) a acessibilidade de uma nova denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (União), por suspeita de corrupção.

O MPF acusa o governador de peculato, alegando desvio de recursos públicos durante o transporte de ventiladores pulmonares no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

A denúncia aponta que o governo estadual gastou R$ 190 mil para transportar os ventiladores de São Paulo para Manaus, quando, segundo as investigações, essa responsabilidade seria da importadora FJAP, que também está sendo investigada por possível superfaturamento na venda dos aparelhos.

O caso iniciou em 2020, após a compra de 28 respiradores de uma loja especializada em vinhos.

A defesa de Wilson Lima negou irregularidades, afirmando que uma aeronave contratada para transporte de doações de álcool em gel foi redirecionada para o transporte de respiradores à emergência da pandemia.

Desdobramento de Denúncia Anterior

Em 2021, o STJ já havia aceitado uma denúncia anterior contra o governador, relacionada à aquisição de respiradores, processo que ainda está pendente de julgamento. A nova denúncia é um desdobramento desse caso, sendo comprovada pela Corte Especial do STJ, composta pelos 12 ministros mais antigos.

O julgamento foi suspenso em outubro do ano passado, quando o ministro João Otávio de Noronha solicitou mais tempo para revisar o caso. Naquele momento, oito ministros se posicionaram: três a favor da denúncia e cinco contra.

O relator do caso, ministro Francisco Falcão, votou pela isenção da denúncia, acompanhado das ministras Nancy Andrighi e Maria Thereza Moura. Por outro lado, o ministro Raul Araújo e outros quatro ministros votaram contra, citando a falta de provas suficientes.

A Crise do Oxigênio no Amazonas

A crise do oxigênio em Manaus, que aconteceu em janeiro de 2021, continua a ser um tema controverso. Apesar de ter sido um dos maiores colapsos no sistema de saúde do Brasil durante a pandemia, até o momento ninguém foi responsabilizado pelos impactos dessa tragédia.

Durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Covid), o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou que a falta de oxigênio foi registrada apenas nos dias 14 e 15 de janeiro, gerando reações por parte de alguns membros da comissão.

Em janeiro de 2021, o Amazonas registrou 2.832 mortes a mais por Covid-19, sendo 2.195 delas em Manaus, cidade que concentrou a maioria dos leitos de UTI no estado.

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