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Crítica – ‘Springsteen: Salve-me do Desconhecido’

O filme é um mergulho sombrio na mente de um ícone em crise, sufocado pela fama e pela depressão — e é justamente nessa escuridão que a narrativa encontra força e autenticidade. 

Filme Springsteen (Foto The Walt Disney Company BrasilDivulgação)
Filme Springsteen (Foto The Walt Disney Company BrasilDivulgação)

Manaus (AM) – Em Springsteen: Salve-me do Desconhecido, o diretor Scott Cooper rasga o mito e revela o homem. Longe do palco e das multidões, Bruce Springsteen (interpretado com intensidade por Jeremy Allen White) encara o próprio abismo criativo durante a gravação do álbum Nebraska (1982).

O filme é um mergulho sombrio na mente de um ícone em crise, sufocado pela fama e pela depressão — e é justamente nessa escuridão que a narrativa encontra força e autenticidade.

A estética fria e os silêncios longos transformam o longa em uma experiência quase claustrofóbica. Cooper evita o espetáculo e entrega um retrato íntimo, cru, que desafia o espectador a ouvir o som do desconforto. Não há guitarras, aplausos nem heróis — há solidão, melancolia e o preço da genialidade. Como observa a crítica, trata-se de “um recorte nebuloso da vida do cantor”, um filme que não busca agradar, mas compreender.

Jeremy Allen White sustenta o drama com sutileza e dor. Sua atuação não tenta imitar Springsteen — ela o traduz. Salve-me do Desconhecido é menos um filme sobre música e mais sobre humanidade: a arte como refúgio, a fama como fardo e o silêncio como confissão. É uma obra que exige entrega, mas recompensa com verdade.

A análise foi feita pela nossa equipe, durante a Cabine de Imprensa, a convite da Espaço Z, na manhã do dia 21 de outubro deste ano no Cinema UCI, localizado no Manauara Shopping, zona Centro-Sul de Manaus.

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