Clique Notícias Brasil (CNB) – O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), declarou nesta quarta-feira (16) que o aumento no valor da tarifa de ônibus é uma das alternativas para pôr fim à greve dos rodoviários, que entrou no segundo dia e já afeta mais de 300 mil passageiros na capital.
A declaração foi dada durante entrevista coletiva, no fim da manhã, durante agenda em uma escola localizada na Zona Norte da cidade.
Reajuste depende do aumento da passagem de ônibus
Segundo o prefeito, o reajuste salarial de 12% reivindicado pela categoria está diretamente ligado ao aumento da passagem, atualmente fixada em R$ 4,50.
“Esse é um dos itens que está ocasionando a greve, porque só pode dar o aumento para os rodoviários se tiver o aumento da passagem. Todas as capitais aumentaram”, disse Almeida.
A proposta de reajuste da tarifa de ônibus para R$ 5 chegou a ser anunciada em fevereiro, mas foi suspensa pela Justiça do Amazonas, que apontou ausência de transparência e de estudos técnicos que justificassem a medida.
Entre março e abril, a Prefeitura de Manaus e o Ministério Público se reuniram ao menos duas vezes para tratar do tema. No último dia 10, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a liminar que barrava o aumento da passagem de ônibus, abrindo espaço para uma nova rodada de negociações.
“O Ministério Público hoje não está questionando o aumento da passagem. Na petição, eles estão questionando a metodologia do subsídio, então essa metodologia precisa ser discutida em outro momento”, afirmou o prefeito.
Almeida acredita que um entendimento deve ser alcançado nos próximos dias.
“Eu acredito que nos próximos dias a gente vá chegar em um entendimento para fazer o aumento da passagem, dar o aumento para os rodoviários e ter de volta a normalidade do transporte coletivo”, completou.
Sindicato fala em “aquecimento”
O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, Givancir Oliveira, declarou que a paralisação de 30% da frota dos ônibus registrada na terça-feira (15) foi um “aquecimento” para a greve oficial iniciada nesta quarta.
Apesar disso, o movimento não se intensificou e, segundo o sindicato, não há previsão para ampliação da paralisação.
Ainda na terça-feira, representantes do sindicato se reuniram com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e com a Prefeitura, mas, segundo Oliveira, o encontro não resultou em avanços nas negociações.
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