
A greve dos rodoviários em Manaus paralisou o transporte coletivo nesta quinta-feira (11) e escancarou a disputa política entre a Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas. O impasse gira em torno de atrasos no pagamento dos salários dos trabalhadores e do passe estudantil, benefício que garante gratuidade para estudantes da rede pública.
Prefeitura e Governo trocam acusações sobre greve
A Prefeitura de Manaus afirma que o atraso no repasse estadual do passe estudantil prejudicou a regularidade do sistema. Já o Governo do Amazonas nega qualquer responsabilidade sobre os salários e acusa o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte) e a própria gestão municipal de falhas administrativas.
Segundo o Estado, o problema começou porque o Sinetram e a Prefeitura forneceram contas bancárias divergentes, além de não apresentarem as certidões negativas exigidas para o repasse.
Governo do Amazonas detalha situação do passe estudantil
Em nota, o Governo informou que:
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Depositou os valores referentes ao passe estudantil em agosto.
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A 2ª Vara da Fazenda Pública recusou o depósito no dia 3 de setembro e devolveu o montante à Fazenda Estadual.
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O dinheiro retornou às contas do Estado somente nesta quinta-feira (11).
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A transferência para a conta correta depende agora de ajustes burocráticos.
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Para manter o passe livre dos estudantes da rede estadual, o Governo precisou acionar a Justiça, já que o Sinetram se recusava a receber os recursos sem autorização da Prefeitura.
Impacto direto na população
A greve em Manaus deixou milhares de usuários sem transporte coletivo nesta quinta-feira. Estudantes também ficaram sem acesso ao benefício do passe estudantil, ampliando a insatisfação da população.
O impasse reforça a falta de coordenação entre Prefeitura, Governo e sindicato, prolongando a crise no sistema de transporte público da capital.
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