Clique Notícias Brasil (CNB) – O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), voltou a defender o aumento da tarifa do transporte coletivo, de R$ 4,50 para R$ 5,00, alegando risco de colapso do sistema. A declaração foi dada à BandNews Difusora FM nesta quarta-feira (26).
No entanto, a justificativa do gestor tem sido contestada pela população e por ações judiciais que questionam a falta de transparência e melhorias no serviço prestado.
Almeida argumenta que o reajuste é essencial para equilibrar as finanças da Prefeitura e manter o transporte público funcionando.
Segundo ele, Manaus estaria atrasada em relação a outras capitais, que já elevaram suas tarifas.
“Estamos ajustando despesas e aumentando a receita para termos recursos e fazermos os investimentos necessários. O sistema, do jeito que está, vai entrar em colapso”, afirmou.
O prefeito também destacou que o transporte coletivo é a terceira maior despesa do orçamento municipal, ficando atrás apenas da saúde e da educação.
No entanto, o discurso oficial contrasta com a realidade enfrentada pelos usuários, que denunciam a falta de qualidade no serviço, frotas sucateadas e constantes atrasos.
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David explica como é paga a tarifa
O novo valor deve ser oficializado até sexta-feira (13), conforme afirmou o prefeito em coletiva de imprensa. Almeida destacou que a prefeitura subsidia parte da tarifa, cobrindo metade do custo total da passagem, que chega a R$ 9 por usuário. Além disso, o município financia gratuidades e o passe-livre estudantil.
“Isso custou R$ 1,4 bilhão em quatro anos, recursos que poderiam ser investidos em outras áreas. Vamos mudar essa metodologia do subsídio, estipular um valor mensal e realizar auditorias na bilhetagem para reduzir os custos. A expectativa é economizar pelo menos R$ 200 milhões por ano”, explicou Almeida.
Justiça barra reajuste
A tentativa de reajuste foi barrada pela Justiça. A juíza Etelvina Lobo Braga, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Manaus, manteve a suspensão do aumento e determinou uma audiência de conciliação para o dia 6 de março, atendendo a um pedido do Ministério Público.
Enquanto a discussão se arrasta, a população segue pagando caro por um serviço que está longe do ideal.
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