A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, instalada em 20 de agosto, já representa um revés político para o governo federal.
Criada para investigar fraudes em descontos indevidos nas aposentadorias e pensões, a comissão tem 180 dias de prazo para concluir os trabalhos e já acumula dezenas de requerimentos de convocações.
Entre os nomes citados, estão autoridades do INSS, ex-ministros da Previdência e até Frei Chico, irmão do presidente Lula.
A oposição promete que a comissão “não acabará em pizza”, indicando uma estratégia de desgaste político semelhante à CPI da Covid.
Para analistas, a instalação reflete falha na articulação da base governista, que não conseguiu manter o comando do colegiado.
Com 32 titulares (16 deputados e 16 senadores), a CPMI começa a organizar o calendário de oitivas e deve ter suas primeiras sessões de depoimentos ainda neste mês.
A presidência ficou com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) e a relatoria com Alfredo Gaspar (União-AL), ambos da oposição.