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‘Paciência chegou ao limite’, diz Tadeu de Souza sobre Lula, enquanto David Almeida elogia governo

A fala de Tadeu vai na contramão da postura de David Almeida quanto ao presidente Lula, ao fazer elogios ao petista.

Omar, David Almeida, tadeu de souza e lula - foto divulgação - assessoria
(Foto: Divulgação/Assessoria)
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O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza (Avante), fez cobranças ao governo do presidente Lula (PT) sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas, mesmo com o prefeito David Almeida (Avante), um de seus principais aliados políticos, elogiando o chefe do Executivo. As críticas foram feitas em artigo publicado nesta terça-feira (23), no site Poder 360 de Brasília.

A cobrança de Tadeu é para que políticas de saúde desenvolvidas pelo SUS sejam adequadas à realidade do Amazonas, porque a “paciência chegou ao fim”. “É o Ministério da Saúde quem tem a responsabilidade de reconhecer que a floresta também é Brasil, e que saúde aqui custa mais, demora mais e precisa de mais. O povo do Amazonas tem sido resiliente por tempo demais. Vive em silêncio o que, em outras regiões, causaria comoção nacional. Mas essa paciência chegou ao limite”, destacou.

A fala de Tadeu vai na contramão da postura de David Almeida quanto ao presidente Lula, ao fazer elogios ao petista. Davi Almeida, inclusive, já direcionou elogios aos senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), aliados de primeira hora de Lula. O prefeito já vem demonstrando total alinhamento com o trio desde o fim do ano passado, período das eleições municipais, e foi reeleito à prefeitura com o apoio dos parlamentares.

No texto, Tadeu defende que Parintins, Tefé, Tabatinga e Itacoatiara sejam centros de saúde verdadeiramente estruturados e destaca que o SUS precisa de uma rede logística capaz de atender à população, por barcos, voadeiras ou aviões. Para o vice-governador, o Amazonas precisa de “um SUS com a cara da Amazônia”.

“Não é aceitável que milhares de pessoas ainda precisem sair do interior para fazer um simples exame em Manaus. Precisamos de polos regionais fortes, com capacidade de realizar cirurgias, exames de imagem, atendimentos de urgência e especialidades médicas. Não adianta montar um hospital regional se o paciente em estado grave não consegue chegar a tempo”, ressaltou.

Tadeu de Souza afirmou também que as políticas do SUS precisam valorizar mais os profissionais de saúde, sobretudo os que atuam no interior do estado, e mencionou o apagão de médicos em regiões remotas do Amazonas. Em São Paulo ou Brasília, por exemplo, a média é de seis médicos para cada mil habitantes. Já no interior do Amazonas, o número cai para apenas 0,2 médicos por mil habitantes.

O vice-governador apontou, ainda, que não existe Telessaúde sem internet de alta velocidade e cobrou mais rapidez na execução das Infovias, projeto que promete levar internet via fibra ótica a regiões isoladas da Amazônia, colaborando para a implementação da telemedicina nos municípios.

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