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Polícia Federal vai investigar R$ 694 milhões em emendas parlamentares sob suspeita

Polícia Federal vai investigar R$ 694 milhões em emendas parlamentares sob suspeita
Polícia Federal vai investigar R$ 694 milhões em emendas parlamentares sob suspeita

O ministro do STF, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abra inquéritos para investigar possíveis irregularidades em R$ 694,6 milhões de emendas parlamentares individuais.

O valor corresponde a 964 planos de trabalho não cadastrados corretamente no sistema oficial do governo entre 2020 e 2024.

Segundo nota técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), os dados devem ser detalhados por estado e município e enviados às superintendências da PF em até dez dias.

A medida busca ampliar a transparência na execução das emendas, que são verbas do Orçamento da União destinadas por deputados e senadores para obras e serviços em seus redutos eleitorais.

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Dino apontou que a ausência dos planos de trabalho descumpre decisões do próprio STF, que desde 2022 vem endurecendo as regras para o uso das emendas, principalmente após considerar inconstitucionais as chamadas “emendas de relator” (RP9), conhecidas como orçamento secreto.

Além da abertura de inquéritos, a decisão traz novas medidas para evitar fraudes e ampliar o controle sobre o uso do dinheiro público. O ministro determinou que:

  • A Advocacia-Geral da União (AGU) e os ministérios elaborem um cronograma de análise das prestações de contas entre 2020 e 2024;
  • A Controladoria-Geral da União (CGU) audite repasses à Associação Moriá, alvo de denúncias de irregularidades;
  • Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste criem contas específicas para cada emenda, proibindo transferências para contas de passagem ou saques em espécie;
  • A partir de 2026, todos os repasses de emendas individuais sejam feitos via Ordem de Pagamento da Parceria (OPP), ferramenta eletrônica que aumenta a rastreabilidade dos recursos.

Confira na íntegra a decisão do ministro Flávio Dino:

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