Clique Notícias Brasil (CNB) – Deputados estaduais manifestaram forte repúdio à queima de fogos realizada pela facção Comando Vermelho em Manaus na noite de segunda-feira (10).
Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira (11), os parlamentares apontaram falhas da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), sob o comando do coronel Marcus Vinícius, por não antecipar ações para impedir a ação criminosa.
Críticas à gestão da SSP-AM
O deputado Wilker Barreto (Mobiliza) foi um dos mais críticos.
“Ontem parecia Réveillon. A criminalidade está avançando rapidamente no Estado”, afirmou. Ele destacou que o SSP-AM deveria ter adotado medidas preventivas para evitar a realização do evento.
O deputado Delegado Péricles (PL), mesmo não sendo da oposição, também criticou a atuação da segurança pública.
“É uma vergonha para o Amazonas. Isso se repete todo ano e a Secretaria de Segurança não pode ser elogiada por ações que acontecem após o fato. A inteligência da SSP-AM deveria ter agido antes, antecipando as ações criminosas. Não adianta agir depois”, ressaltou Péricles, afirmando ironicamente que a Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai) já se prepara para o próximo ano.
Falta de resultados nas prisões
Já o deputado Daniel Almeida (Avante) questionou a eficácia da operação que prendeu 51 pessoas durante a queima de fogos.
“As prisões atingiram pessoas erradas. São dependentes de produtos químicos pagos para soltar os fogos, e nenhum traficante foi detido. A inteligência do Estado não tem sido eficaz, essas prisões não resolvem o problema”, criticou Almeida.
Veja o vídeo com o pronunciamento dos deputados
Queima de fogos e prisões
A queima de fogos aconteceu em diversos bairros de Manaus, como Alvorada, Japiim e Colônia Antônio Aleixo, além de Manacapuru, município a 68 km da capital, comemorando os cinco anos da facção Comando Vermelho, que domina o tráfico de drogas no Amazonas.
Segundo a polícia, mais de 50 pessoas foram detidas durante patrulhamentos, mas o secretário de Segurança Pública, coronel Vinícius Almeida, afirmou que os suspeitos foram liberados após menos de 12 horas, após cumprirem um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
O secretário criticou a legislação atual e pediu a implementação de leis mais rigorosas para combater o avanço das facções criminosas.
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